Membros do principal partido de oposição da Turquia enfrentam até 15 anos de prisão por protesto em tribunal
Um tribunal turco aceitou uma denúncia que busca penas de prisão de até 15 anos e banimentos políticos para 26 membros do principal partido de oposição Partido Republicano do Povo (CHP), incluindo o presidente provincial do partido em Istambul, Özgür Çelik, por seu suposto envolvimento em um protesto em tribunal no início deste ano, informou o Centro de Estocolmo para a Liberdade.
Os promotores estão solicitando penas de prisão que variam de três a 15 anos, juntamente com proibições de atividade política. Os réus enfrentam acusações incluindo resistência às forças da ordem, lesão corporal intencional, dano ao patrimônio público e assembleia ilegal.
A primeira audiência está marcada para 22 de setembro no 18º Tribunal Criminal de Primeira Instância de Istambul.
O caso decorre de uma manifestação em 31 de janeiro em frente ao Tribunal de Istambul em Çağlayan, onde membros do CHP se reuniram em apoio ao prefeito de Istambul Ekrem İmamoğlu, que foi convocado para interrogatório como parte de processos judiciais em andamento.
Confrontos eclodiram entre a polícia e apoiadores do CHP durante o protesto no tribunal, levando a ferimentos entre os agentes da lei, segundo a denúncia.
Entre os denunciados estão altos funcionários provinciais, líderes da ala jovem e representantes do partido em nível distrital.
İmamoğlu, membro sênior do principal partido de oposição CHP e candidato presidencial de seu partido para a próxima eleição, foi detido em 19 de março e posteriormente preso por acusações de corrupção amplamente criticadas como politicamente motivadas. Sua prisão, vista como direcionada ao maior rival político do presidente de longa data Recep Tayyip Erdoğan na eleição presidencial de 2028, provocou os piores protestos da Turquia em décadas.
A prisão de İmamoğlu veio após meses de crescente pressão judicial sobre o partido que levou à prisão e remoção do cargo de vários de seus prefeitos em Istambul por acusações de terrorismo ou corrupção, vistas como politicamente motivadas.
Críticos dizem que Erdoğan quer marginalizar İmamoğlu na próxima corrida presidencial, com a repressão em andamento contra ele e seu partido.
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